O quão difícil é dar o primeiro passo num caminho distinto,
após tanto tempo percorrer essa estrada que nos trouxe a lugar algum. O cansaço
é evidente e o que nos conduziu até aqui esquecemos já há algum tempo.
Suas pernas clamam “fique”, e o coração fora de ritmo anseia
por descanso, por descanso...
Talvez hoje eu durma antes do final do dia.
Apenas uma longa pausa antes de por novamente os pés em
movimento. O calor de uma fogueira e a fria água a confortar os lábios. Deitar-se
e abraçar os joelhos, adormecer e talvez sonhar.
Não há tempo! Não há motivo! Não há Terra Prometida!
Põe os
pés ressequidos em movimento esquecendo as feridas nos calcanhares abertas pela extenuante jornada, e cria
a trilha, nova trilha, sobre a trilha de outrem!
Mas outra hora. De momento, talvez eu durma antes do final do dia...