quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Reflexivo - I

Sentou-se sobre uma grande rocha, distante de tudo e de todos.
Sentia a textura áspera sob os pés, uma incomoda massagem.
O vento lhe tocava a face, forte porém gentil em sua intenção, quase como as mãos de quem tenta acariciar, sem prática, a pele de outrem.
Levou a garrafa até a boca, num beijo frívolo como já outras bocas beijara antes. Fechou os olhos e sorriu.
Sentia naquele momento que não integrava nada, que no entanto estava ligado a tudo, que estava livre no ar, que podia tocar ao mesmo tempo mares e céus. E que doce sensação era aquela, que durou uma fração de segundos, não mais que isso.

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